Hemodiálise
As sessões são realizada na RenalClin.
Durante as sessões, uma máquina limpa e filtra o sangue, ou seja, faz parte do trabalho que o rim doente não pode fazer. O procedimento libera o corpo dos resíduos prejudiciais à saúde, como o excesso de sal e de líquidos. Também controla a pressão arterial e ajuda o corpo a manter o equilíbrio de substâncias como sódio, potássio, uréia e creatinina.
Basicamente, na hemodiálise a máquina recebe o sangue do paciente por um acesso vascular, que pode ser um cateter (tubo) ou uma fístula arteriovenosa, e depois é impulsionado por uma bomba até o filtro de diálise (dialisador). No dialisador o sangue é exposto à solução de diálise (dialisato) através de uma membrana semipermeável que retira o líquido e as toxinas em excesso e devolve o sangue limpo para o paciente pelo acesso vascular.
Uma fístula arteriovenosa (FAV), que pode ser feita com as próprias veias do indivíduo ou com materiais sintéticos. É preparada por uma pequena cirurgia no braço ou perna. É realizada uma ligação entre uma pequena artéria e uma pequena veia, com a intenção de tornar a veia mais grossa e resistente, para que as punções com as agulhas de hemodiálise possam ocorrer sem complicações. A cirurgia é feita por um cirurgião vascular e com anestesia local. O ideal é que a fístula seja feita de preferência 2 a 3 meses antes de se começar a fazer hemodiálise.
Punção de Fístula para hemodiálise:
O cateter de hemodiálise é um tubo colocado em uma veia no pescoço, tórax ou virilha, com anestesia local. O cateter é uma opção geralmente temporária para os pacientes que não têm uma fístula e precisam fazer diálise. Os principais problemas relacionados ao uso do cateter são a obstrução e a infecção, o que muitas vezes obriga a retirada do cateter e o implante de um novo cateter para continuar as sessões de hemodiálise.
Diálise Peritoneal Ambulatorial Contínua (DPAC
Diálise peritoneal: é realizada no domicílio do paciente.
A limpeza do sangue é feito através da membrana que reveste os órgãos abdominais, o peritônio. O espaço entre esses órgãos é a cavidade peritoneal. Um líquido de diálise é colocado na cavidade e drenado, através de um cateter (tubo flexível biocompatível).
O cateter é permanente e indolor, implantado por meio de uma pequena cirurgia no abdômen. A solução de diálise é infundida e permanece por um determinado tempo na cavidade peritoneal, e depois drenada. A solução entra em contato com o sangue e isso permite que as substâncias que estão acumuladas no sangue como ureia, creatinina e potássio sejam removidas, bem como o excesso de líquido que não está sendo eliminado pelo rim.
Realizada diariamente e de forma manual pelo paciente e/ou familiar. Geralmente 4 trocas ao dia (manhã, almoço, tarde, noite), sendo que o tempo de troca leva aproximadamente 30 minutos. No período entre as trocas, o paciente fica livre das bolsas.
Diálise Peritoneal Automatizada (DPA)
Realizada todos os dias, normalmente à noite, em casa, utilizando uma pequena máquina cicladora, que infunde e drena o líquido, fazendo as trocas do líquido. Antes de dormir, o paciente conecta¬se à máquina, que faz as trocas automaticamente de acordo com a prescrição médica. A drenagem é realizada conectando a linha de saída a um ralo sanitário e/ou recipiente rígido para grandes volumes. Durante o dia, se necessário, podem ser programadas “trocas manuais”.
Fonte: Sociedade Brasileira de Nefrologia
Transplante Renal
Realizado no Hospital Nossa senhora do Salete, pela equipe da Masterclínica junto à Renalclin de Cascavel.
É uma opção de tratamento para os pacientes que sofrem de doença renal crônica avançada.
No transplante renal, um rim saudável de uma pessoa viva ou falecida é doado a um paciente portador de insuficiência renal crônica avançada. Através de uma cirurgia, esse rim é implantado no paciente e passa a exercer as funções de filtração e eliminação de líquidos e toxinas.
O transplante renal é considerado a mais completa alternativa de substituição da função renal. Tendo como principal vantagem a melhor qualidade de vida, pois o transplante renal garante mais liberdade na rotina diária do paciente.
Quem necessita se submeter a esse tratamento?
O transplante renal está indicado para pacientes que apresentam doença renal crônica avançada. A indicação do transplante de rim é feita após o médico nefrologista avaliar o paciente e considerar exames de sangue, de urina e de imagem.
Quais as contra indicações para o transplante renal?
As contraindicações são impostas pelas condições de saúde do paciente, como em qualquer outra cirurgia. Portadores de enfermidades hepáticas, cardiovasculares ou infecciosas que não se encontrem controladas e pacientes gravemente desnutridos são contraindicações formais para esta operação. Pacientes com distúrbios psiquiátricos, abuso de álcool ou drogas, ou problemas graves na estrutura familiar, podem comprometer o uso correto dos medicamentos e controles médicos e laboratoriais no pós-transplante.
É necessário fazer diálise antes de fazer o transplante de rim?
Não necessariamente. Se o paciente com doença renal crônica estiver em tratamento conservador desde o começo de sua doença, é possível programar o momento que será necessário realizar um transplante de rim, ou seja, na fase avançada de sua doença. Porém, para isso, é necessário ter um doador vivo.
Como a doença renal crônica é silenciosa, muitas vezes os pacientes só descobrem a doença em fases avançadas, quando não há tempo para programar o tratamento que ele desejaria realizar. É por isso que a maioria das pessoas que apresentam doença renal crônica avançada começa primeiro por hemodiálise ou diálise peritoneal. E depois, se inscrevem na lista de transplante de rim ou recebem um rim de um doador vivo.
Quem pode ser doador de rim?
Existem dois tipos de doadores: os doadores vivos (parentes ou não) e os doadores falecidos.
No caso de doadores falecidos os rins são retirados após se estabelecer o diagnóstico de morte encefálica e após a permissão dos familiares. O diagnóstico de morte encefálica segue padrões rigorosos definidos pelo Conselho Federal de Medicina.
Para receber um rim de doador falecido é necessário estar inscrito na lista única de receptores de rim, da Central de Transplantes do Estado onde será feito o transplante.
Os critérios de seleção do receptor são compatibilidade com o doador e tempo de espera em lista.
No caso de rim de doador vivo, tanto os parentes, quanto os não parentes podem ser doadores, sendo necessária uma autorização judicial. São feitos vários exames do doador para se certificar que apresenta rins com bom funcionamento, não possui nenhuma doença que possa ser transmitida ao receptor e que o seu risco de realizar a cirurgia para retirar e doar o rim seja reduzido.
Então as condições necessárias para ser um doador vivo é manifestar desejo espontâneo e voluntário de ser doador (a comercialização de órgão é proibida). Há a necessidade de ter compatibilidade sanguínea ABO com o receptor. É realizado testes para comprovar outras compatibilidades (HLA e cross-match).
Fonte: Sociedade Brasileira de Nefrologia